ArtigosComo escolher um Coach?

9 Março 2017por Sandra Ribeiro0

Muitas das pessoas que me contactam pela primeira vez dizem-me “ouço muito falar de Coaching, mas na prática, não sei o que é”. Compreendo perfeitamente, porque apesar de tanto se falar sobre esta actividade, há ainda uma grande desinformação, e por vezes confusão, acerca do que é o Coaching e do que um Coach faz.

Esta foi uma das razões que me levou a escrever este artigo que pretende esclarecer mais sobre esta actividade e, essencialmente dar-te algumas ideias baseadas na minha experiência sobre a melhor forma de escolher um Coach, caso precises de contratar um.

Começamos então por perceber o que é o Coaching.

O Coaching é uma ferramenta muito prática que tem por base alguns pressupostos e metodologias, que devidamente trabalhados e orientados, permitem ajudar pessoas a melhorarem áreas de Vida, a atingirem Objectivos ou Resultados que até então, sozinhos, não estavam a conseguir. Quando esta ferramenta é orientada para pessoas e para as áreas da sua vida é chamado Life Coaching. Quando dedicado a Equipas ou Lideres de Projectos e Empresas, é identificado como Business Coaching.

Não pretende substituir nenhuma outra ferramenta ou profissão, pois tem características muito próprias, resultados já comprovados, que funcionam por si. Já outras profissões utilizam as ferramentas do Coaching para conseguirem mais e melhores resultados nas suas actividades.

O Coaching é, neste momento, uma daquelas profissões que está na “moda”… ouve-se falar em Coaching cada vez mais (ufff para mim… pois agora finalmente a minha família pode confirmar que não tenho nenhuma profissão estranha ;)), nascem Coaches a toda a hora, para todas as áreas e nichos específicos, e felizmente também muitos profissionais de muitas áreas diversas têm formação nesta área para poderem apoiar ainda melhor os seus objectivos pessoais e profissionais.

Neste sentido vou partilhar 6 orientações claras sobre como escolher um Coach caso precises contratar um:

1. Formação

Esta é a base… e quase básica.

Confirma com as pessoas que contactares se efectivamente são pessoas que têm alguma formação sólida o suficiente para te poder acompanhar a melhorar os teus objectivos. Afinal a tua Vida é muito importante e todas as decisões que nela tomas também.

Menciono neste parâmetro que não existe ainda regulação específica para esta actividade profissional, sendo muitas vezes categorizada como Prestação de Serviços, Consultoria ou até Formação.

2. Clareza da Função

Há uns meses estive num evento para o qual me convidaram e o meu filho, nessa altura, olhou para os meus colegas Oradores que também iam estar presentes e constatou que 90% (senão quase 100%) assinavam como Coach, e perguntou-me: “mãe, mas todas estas pessoas fazem o que tu fazes?” – e eu respondi, não, cada pessoa, tem a sua área de especialidade e cada um desenvolve os seu trabalho segundo a sua área e à sua maneira.

Quando contratarem um Coach, têm de aprender primeiro a fazer uma distinção base:

a) Identificar se é um profissional que apenas dá Formação na área do Coaching. Esta talvez seja a situação mais comum. Mas note-se neste caso que também há profissionais que fazem as duas funções: dão formação nesta área e fazem Coaching. Há, mas não são muitos.

b) Ou se é um profissional de Coaching, isto é, um profissional (Coach) que acompanha Pessoas e/ou Equipas, para que estas atinjam Resultados ou Melhores objectivos. Esta talvez seja, apesar de tudo, a situação menos comum, apesar de o número estar a crescer.

A pergunta que tens de fazer neste caso é se queres ter formação nesta área ou se o que andas à procura é de um profissional de te ajude a superar os teus desafios e que te apoie para que possas atingir o que mais queres? São coisas totalmente diferentes. Ambas válidas e úteis. São é para objectivos totalmente diferentes.

Portanto, escolhe o profissional adequado à situação que pretendes resolver.

3. Experiência

Este factor, para mim, é como em todas as profissões, determinante!

Se é o suficiente para eliminarmos alguém de possibilidade? Não! Quem tem pouca experiência também merece ser considerado (agradeço desde já aos imensos voluntários que fiz no início desta minha carreira). Contudo, os clientes ou devem ser trabalhados como voluntários (e aqui o pagamento é a experiência ganha) ou o valor cobrado, deve ser, no meu entender adequado à experiência demonstrada.

Mas, sem margem para dúvidas, que a experiência que hoje tenho, após milhares de horas de Coaching dadas, é determinante para o resultado das pessoas e dos processos que acompanho. Os resultados e a sustentação dos casos mais actuais é uma realidade incomparável com os primeiros processos.

Alguém há uns dias, num jantar de um evento onde estive, me disse “Sandra, tenho a certeza que cada vez mais, ajudas os teus Clientes mais rápido e melhor” e isso é verdade. Que o digam a maioria dos meus clientes actuais que, em média 2 ou 3 sessões antes de o processo ter terminado, o resultado já está lá, mas só mantenho as restantes sessões por uma questão de sustentabilidade futura.

Lembro-me de um processo que tive com uma Cliente que tinha uma Vida Pessoal Feliz, mas o seu futuro Profissional era um ENORME ponto de interrogação, pois já tinha feito várias coisas (muito influenciadas por família e pelo próprio mercado) mas estava quase nos 36 anos e não tinha propriamente sido muito feliz nem realizada e estava completamente perdida sobre si mesma e sobre o seu futuro.

Não sabia o que gostava, o que queria, e muito menos por onde começar. E para acrescentar a este panorama, tinha de ganhar dinheiro para se sustentar.

Para muitos de nós que já temos esta parte esclarecida, acreditem, parece algo fácil. Mas para alguém que chega a uma fase adulta e não tem pistas nenhumas e está completamente desorientada, acreditem, a liderança e a confiança ficam muito afectadas.

Após umas sessões começamos a trabalhar profundamente neste tema e até que após muita entrega nas sessões e trabalhos feitos fora delas… faz-se luz nesta pessoa… que uns meses antes estava perdida e sem respostas. Agora tinha perante mim uma pessoa Feliz, a saber exactamente o que queria fazer no seu futuro e mais importante FELIZ consigo mesma, porque chegou ao seu caminho e às suas respostas por si mesma!

Eu vivo por estes momentos. Eu vibro por estes processos de cada pessoa. Da desorientação à Clareza. Da infelicidade à Confiança! Da dependência do que acontece no exterior… ao resgate do poder pessoal de comandarem as suas vidas de dentro para fora e jamais ao contrário.

4. Regularidade

Avaliem se os profissionais de Coaching que consultam trabalham regularmente na actividade, se fazem sessões com regularidade.

Por exemplo no meu caso, ser Coach é a minha actividade principal. Não é a mais fácil (acreditem!), mas é a que eu Amo profundamente fazer.

Todas as minhas actividades públicas como Oradora em Palestras ou como Formadora (que igualmente adoro) são normalmente feitas extra a minha actividade, aos fins-de-semana ou em finais de dia. Portanto a minha especialidade, acompanhar pessoas para melhorarem resultados é a área onde comprovadamente me dedico com regularidade.

5. Compatibilidade

Bom, este quinto factor, não vem em nenhum livro de boas regras ou práticas, mas é algo que eu te sugiro veementemente.

O trabalho do Coaching é um trabalho de Equipa! Um trabalho em que ambos têm de fazer a sua parte! Para escolheres alguém que trabalhe contigo deves fazer uma selecção, avaliar a empatia e compatibilidade.

Imagina, por exemplo, o que é teres um Coach com o qual não te sentes à vontade, nem bem o suficiente para partilhar o que precisas. Isso limita muito o trabalho e o seu sucesso.

6. Resultados

Ora bem, esta palavra, no final (no final!), é aquela que deves verdadeiramente avaliar! Que Resultados o Coach já tem? Conseguiu efectivamente ajudar as pessoas pelos motivos pelos quais foi procurado? Os Resultados foram sustentáveis? Ou voltou tudo ao mesmo?  Etc…

Porque Coaching é tudo sobre Resultados. Se não há resultados não há Coaching! No meu caso, quero ser o mais verdadeira possível, há casos em que eu não consegui ajudar de forma tão profunda … mas são apenas 5% dos casos… porque em 95% deles eu tive resultados nos motivos pelos quais me procuraram… e isso é o que me dá Confiança sempre que alguém me aparece de novo.

Sabes, aqui a experiência faz diferença, porque já atendi todo os tipos de perfis psicológicos, histórias, padrões emocionais, ciclos de vida muito desafiantes… e numa grande maioria dos casos, os RESULTADOS estão lá!

Aquilo a que também deves estar atento é se os Coaches que consultas anunciam uma espécie de “varinha mágica moderna” de resultados, que resolvem problemas e desafios em xpt dias, em xpt fórmulas, em xpt vídeos. Isto não é Coaching, isto são Vendas, ok?!

Eu sou Coach e não me identifico nada quando tentam fazer desta ferramenta tão, tão fixe e tão, tão útil… uma varinha mágica cheia de artes mágicas e fórmulas mirabolantes…

A melhor varinha mágica que tu tens és tu… e se estás com algum desafio que não estás a conseguir superar, sem dúvida, procura ajuda, mas para esse profissional te ajudar a trazer o teu verdadeiro potencial cá para fora! “Só” isso!

Após estes 5 anos de experiência intensa nesta profissão, há uma fórmula (ah ah afinal também tens uma formula!!!! 😉 ):  quando o Cliente e o Coach estão comprometidos  com os objectivos estipulados e com o trabalho que tem de ser feito, com os  desafios que têm de ser superados, com as mudanças de paradigma que têm de acontecer, com as novas Crenças a Viver… o Sucesso é garantido!

As pessoas que me são próximas, clientes incluídos, sabem o quanto sou apaixonada não apenas por esta profissão… mas por cada pessoa que acompanho e isso, no final é isto que pode também ser determinante… porque o empenho, as horas dedicadas, a flexibilidade que vão ser necessárias… só com muita Paixão mesmo! E essa não se tira em nenhum Curso. Ou se tem ou não!

Espero que te seja útil 🙂

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Sandra Ribeiro

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